domingo, 2 de maio de 2010

O POETA - Poema de Jeandro C. Pereira






O POETA

Uma noite triste! Mas brilhosa e silenciosa,
tudo se transforma nos confins da noite,
Como se conduz um solitário pensante?
Poeta desista de mudar os sentimentos alheios, viva sua vida,
Cuide-se aos insultos impuros das delicadas infâmias.

O talento é a ironia do segredo,
Se tiveres medo morres,
Se enfrentares o desafio teu crânio não more vazio,
O poeta e a noite:
Dos pesadelos aos sonhos,
Das visões imaginarias à realidade,
Dos templos aos prostíbulos,
Do poço ao firmamento,
Poeta tudo podes.

O poeta é um gênio ou um ignorante,
Um demônio ou um anjo,
Oh poeta! Fosses rude e soberano,
Subistes no esplendor de tua loucura e jogastes o amor no fundo do abismo,
Depois tua alma ouvia vozes de desespero
Hoje o poeta é uma estrela pensativa,
Com a’lma sedenta por novos ideais,
O poeta lança suas idéias numa orgia longe das vozes zombadoras,
E da luto aos seus ouvidos,
Mesmo quando sentir-se sozinho estarás chorando aos pés do anjo da guarda,
Respirando fundo na madrugada fria bem abaixo da lâmpada sombria.

Vai poeta deixe murmurar de teu espírito a eterna poesia,
Mesmo que para os homens seja delírio de momento,
Para os anjos suas palavras ecoaram pelo firmamento,
E se os homens te zombam na terra,
Deus acolhe poetas nos céus.


“Jeandro C. Pereira”

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