terça-feira, 12 de abril de 2011

CANTOS DO MEU CORAÇÃO, Poemas de Daisaku Ikeda




I - Canto da Construção
( Trechos)

Ah! Surge o sol, resplendor
sobre o começo de uma vida nova.
Construtores, combatentes,
já chegam. Vamos cantar
um canto de construção.
Vêm nuvens de sete cores,
toca o sino da manhã.

(...)

A base,
fazer a base bem funda,
e ainda mais funda
para que o fogo sagrado
de tantos kalpas vindouros
possa se elevar em esplendor.

(...)

Olha para a corrente do passado:
as águas de Babilônia
já faz tempo secaram.
A lua se deita sobre a Grécia,
ilumina as ruínas do Egito e de Roma.


O sagrado Ganges mais uma vez enlameado,
as muralhas da China transformadas

(...)

Destruição – uma questão de instantes.
Construção – uma luta de morte.
Inércia é treva, esperança é luz,
recuo é morte, avanço é vida.

(...)

Mas agora, quando o mundo estremece
com a destruição impiedosa,
esta construção não dá lugar a ilusões:
é construir com firmeza
para o bem das multidões.
Quando alguém revela a própria torre,
outro logo levanta
a sua torre também.

Com simpatia e perseverança,
almas bem-dotadas lutam
com gloriosa determinação,
nunca enfrentadas
no passado e no futuro
- jamais o convite à ação soou tão claro.

(...)

Amigos construtores,
Vivemos para a nossa missão.


Bravos construtores,
levem as tochas proféticas.
Na frente, as tochas acesas,
levantadas para o céu.


II - Sons da Inovação
(Trechos)


Se o apelo de um homem de saber sagrado é
verdadeiro
- como uma onda dá origem
a dez mil outras ondas –
no peito de cada um
dos três e meio bilhões de seres
o som desse chamado há de ter eco.
Um chamado da verdade
da sabedoria sagrada:
pode parecer que se apaga
na vastidão celestial
- como as ondas que se espalham
na superfície do mar.
Mas não se extingue, transforma-se
em eco que desperta outros ecos
que afinal se reúnem
em esplêndida sinfonia.

(...)

Sobre as nossas cabeças
o céu escuro deste fim de século.
Mas aqui refulge esplêndida
a tocha da vida.

No céu de sombras do nosso mundo,
com suas rajadas de frio,
os únicos faróis que jorram luz
são acesos pelos nossos encontros noturnos.

(...)

O rumor do pulso da inovação
no céu noturno do fim do século,
suave clama pelo amanhecer:
“Quando a treva é mais profunda,
a alvorada está mais perto.”

(...)

Diálogo vivo:
com o diálogo entre força viva e força viva,
os poderes do passado se esfumam,
valores consagrados se revertem.
É quando começa o renascer das massas.
Inovação é renascer.
Renascimento é força vital em plenitude.

(...)

Homens lutam desesperados
Para voltar a ser homens.
...

Esforços de homens,
a busca da força vital:
quando alcançam o ponto mais extremo,
eleva-se o grito da santa sabedoria.
Como um simples som põe em movimento
ondas sonoras,
esse grito que se ouve há setecentos anos
já floresceu em milhões de renascimentos.

(...)

Começou a abertura,
a sinfonia do poder da vida
que antes jamais se ouviu.
Bate, estronda o tambor da paixão,
ouvem-se as flautas da sabedoria,
soam as cordas da inteligência.

Que seus esplêndidos sons
se espalhem e alcancem
os confins do céu e da terra.
Ah! Meus companheiros,
amigos da inovação.

Montemos cavalos brancos,
galopemos ligeiros
para chegar onde estes sons se ouvem mais
alto.
Vamos construir faróis possantes
Entregando sua permanente luz,
enfeitando o Japão com suas fileiras de ilhas,
dando a vida nova para o destino de cada um
dos três e meio bilhões de seres humanos.


DAISAKU IKEDA in Cantos do Meu Coração

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